Fadas e Abobrinhas

Paganismo, Bruxaria, Pensamentos, Percepções e Abobrinhas ao alcance de todos.

Quem fala com você?

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"Somos tarólogas e tarólogos. Quer dizer, só tarólogas? Definitivamente, não! Em nosso mundo existem pessoas que são muito sintonizadas com o Universo que nos cerca e que conseguem, através de diversas ferramentas compreender o andar da Natureza e aprender mais sobre si. São os oráculos e, com eles, a voz do divino. Assim, agora, queremos saber: Quem fala com você?

Responder essa pergunta com “meu Tarot” ou “meu mentor” ou “os deuses” seria um tanto vago, acredito… Acho que a melhor resposta é o Universo.

Mas mais do que ser através do baralho de tarot ou de uma meditação ou de outras coisas do tipo, meu negócio é sinais.

Eu adoro simbolos, adoro significados e adoro a percepção das coisas de uma forma diferente… Ver aquela borboleta cruzando meu caminho, aquela aranha ali na parede, aquele pássaro voando no céu ou até mesmo a hora no relógio e aquilo me passar uma mensagem… Por vezes mais impactante e direta que um lâmina de tarô ou que a voz de um espírito ressoando na minha mente.

Explicar como isso ocorre é um desafio. Afinal, não são todas as borboletas que cruzam meu caminho que querem dizer algo, nem toda vez que eu olho no relógio… É aquele chamar a atenção, o fazer você olhar com outros olhos, olhos da alma.

Talvez a forma mais fácil de explicar isso seja passar algo que o mostre… Tal como o filme (LINDO) intitulado Sob o Sol da Toscana, que aliás, descobri que existia graças a Pietra… Ele mostra essa coisa dos sinais, mas não somente! É um filme lindo cheio de lições (para mim, de magia).

Então… Acredito na natureza. Acredito que ela fale comigo, que o vento sopre as respostas que preciso ouvir. Que através dela, os deuses falam… Os deuses, e tudo o mais.

E com você? Quem fala com você?

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Do que fomos e somos: A caminhada

Engraçado pensar em como mudamos nossos caminhos ao longo da vida. Como temos plena certeza de algo em um instante, e noutro ela parece desaparecer.


Relacionamentos de 7, 8, 10 anos acabam em alguns meses, mudamos caminhos, mudamos o que queremos ser, o que sentimos e somos. Mudamos nossas crenças, mudamos tudo. E toda essa mudança é natural. Entender que estamos num processo constante de transformação é uma parte muito importante da caminhada, faz também com que entendamos os outros. Que entendamos que o outro também muda e é isso, já disse o Osho.


O que eu não acho natural é uma pessoa ir passando de crença em crença, de passo a passo e a cada passo rejeita seu anterior. Fala que não serve mais, muitas vezes ofende. Diz-se agora num caminho superior aquele que estava antes. Isso para mim é pobreza de espírito e, para mim, quem faz isso pode passar por 1000 caminhos durante 1000 anos que nunca terá evoluído uma migalha.


Nós que estamos numa constante caminhada em busca de auto-conhecimento e evolução e também de compreensão deveríamos ser os primeiros a entender que nenhum caminho é superior a outro. Que passamos por muitas coisas, por muitos caminhos até uma escolha mas não é por isso que aquele outro seja menos. Também nós, pessoas supostamente evoluídas, deveríamos ter percebido logo de início que “Apenas sabemos que nada sabemos”.


Se me ponho a escrever isto, é porque conheço pessoas que o fazem. E acho ridículo. Me causa repulsa tudo isso. Pessoas que buscam um caminho e buscam evoluir para ser mais que os outros vão bater com o nariz na parede e ralar o joelho pro resto de suas essências imortais, até perceberem finalmente que ninguém é mais do que ninguém.


Convido vocês a lerem o post da MissElphie sobre A Discriminação no Mundo Pagão. Que, acaba seguindo um pouco essa linha de pensamento.


E as pessoas que usaram a carapuça, favor criem a consciência que vocês tanto (supostamente) buscam.

Pensando no Mago

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Foto tirada há quase um ano e que eu me esqueci de publicar.

Ideias para Livro das Sombras digital

Se você não está a fim de montar um Livro das Sombras Digital, mas chegou até aqui, continue! Você pode usar essas ideias para outras coisas e eu falo a respeito disso!
Book of Shadows Rose
De certo, muitos bruxos e bruxas hoje, em pleno século XXI, preferem ter seu BOS (Book Of Shadows) no computador, mesmo com o problema base já levantado por muitas pessoas: você não poderá acessá-lo de outra forma. Alguns preferem fazê-lo para evitar bisbilhoteiros e pela segurança, outros, pela economia de papel, redução de gastos, dores nas mãos e afins, alguns, por ambos os motivos e mais alguns por outros motivos.
Tenho meu BOS físico, mas sempre alimentei a vontade de ter um BOS virtual, acho boa ideia. Por quê? Simples! Cópia de segurança! Assim, se acontecer algum acidente (ou atentado) tenho uma cópia a salvo.


E daí partem várias ideias e problemas... Onde fazer? E como? Têm vários por aí que dividem computador e não querem curiosos abrindo seu tão precioso arquivo... Resolver isso é simples: Senha! – óbvio que nada de data de nascimento, mas até aí é o de menos.

Poderia ser feito no Word, acho que é o mais óbvio. Eu sinceramente já tentei e não gostei. É difícil organizar e localizar informações, e depois de um tempo fica muito pesado para abrir.

Recentemente descobri um programinha interessante, chamado nada mais nada menos que “BOS”. Peguei lá no 4shared da MissElphie.
Spell book É um programinha interessante, leve e se instala em dois minutos. Mas também não gostei. 
Ele se divide em quatro categorias: Spells, Rituals, Incense, Recipes (sim, é em inglês). E já começa aí o problema: você não pode adicionar novas categorias e nessas categorias, os dados são adicionados em dois campos “Name” e “Instructions”. Quebra bem o galho, mas eu não sobreviveria só com essas categorias nem com esses campos para inserir informações. Meu BOS físico deve ter umas dez classificações de assuntos. Quebra o galho, mas não é suficiente (pelo menos pra mim).
Esse programa tem mais um problema: As páginas que você cria dentro dessas categorias são salvas na pasta do programa como um arquivo de extensão “rec” com o título que você deu. Ou seja, “Pão de Alecrim” ou “Ritual de Lua cheia” (exemplos). Então, chegando à pasta do programa, a pessoa xereta já consegue ver o que você escreveu por ali – mesmo que ela não saiba exatamente o que é e que não possa abrir (devido à senha que você coloca no programa). Um prato cheio pra quem gosta de encher o saco!

Então, eis que me vem à brilhante ideia: Microsoft OneNote. Simples.
É um programa de anotações bem útil, disponível nas versões 2003, 2007 e 2010 do Office. No caso do BOS, você cria o Bloco de Anotações, adiciona as seções (ou categorias): Feitiços, Diário, Ervas, etc. Dentro dessas seções você cria as páginas e ainda pode criar as subpáginas. E ainda dentro das seções você pode criar um grupo de seções... Ou seja: é que nem a lata de fermento Royal.
Exemplo:
Seção: Receitas. Página: Pão de Alecrim – nela coloca-se os procedimentos da receita. Subpágina: Observações. Grupo de Seções: Sabbaths, Amor, Prosperidade etc.
Você pode adicionar imagens, vincular arquivos de áudio ou vídeo, hiperlinks, lista de tarefas, desenhos, printscreen e além de tudo, pesquisar essas informações – mesmo que estejam nas imagens.
Aí vem a perguntinha magicka: Dá pra por senha, tia Sophia? Dá pra por senha. Nas seções. Então você cria seu bloco de anotações chamado BOS (ou um outro nome qualquer pra despistar) e criptografa as sessões. Se você for bem neurótico, pode colocar algo em código como nome das seções... Ou seja, o bloco de anotação em si não tem senha, mas as sessões sim, então alguém pode abrir e ver a palavra “Feitiços” escrita, mas não pode abrir os feitiços em si. Tendeu?
Você ainda pode configurá-lo, para que ele bloqueie as sessões criptografadas após “x” minutos que você fique sem trabalhar nela.
Além do que, esse programa pode ter outras funções: Como organizar despesas, estudos, fichamentos de livros, lista de compras, etc. Bem legal! Recomendo!

Mas você não tem nem o Office 2007, nem o 2010. Não quer gastar 10R$ para comprar um e nem atrever-se baixar da internet? Sem problemas!

spell-bookTemos o Evernote. Na verdade, o OneNote foi baseado no Evernote (ou quiçá outro) que já existia. Com o Evernote, é basicamente a mesma coisa, mas tem uma vantagem: ele também é Online! Ou seja, você pode acessar as informações pelas Lan Houses da vida. Para instalar o software do Evernote no computador e utilizá-lo, você precisa ter uma conta de usuário no site, mas pode escolher se seu Bloco de Anotações vai ou não para a sua conta online.

O software do Evernote existe para Mac, Windows e Portable. Ou seja, você ainda tem a opção de instalar numa pendrive e levar por aí. E quando quiser utilizar, só executar o programa dentro da pendrive.
Espero que tenham gostado das dicas e lhe sejam úteis!

Beijos e até a próxima.

Sophia Austeros
Contato: sophia.vii@gmail.com

Filmes bacaninhas: A Bruxa do Bem

No dia 28 de julho, hoje, passou um daqueles filminhos de bruxa na sessão da tarde que eu confesso: achei bem legal. Infelizmente, como todos os filmes de sessão da tarde, este também tinha um nome tosco e infeliz: “A Bruxa do Bem”, e pior, do original “The Good Witch”.

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Mas a história do filme e a tal bruxa eram bem legais. Nada muito forçado como transformações em animais, chapéus pontudos etc. A bruxa em questão é uma mulher que viaja muito e que conhece muitas coisas.
A mulher chamada Cassandra, se muda para uma pacata cidadezinha que tem uma boa dose de moralismo e vai morar, nada mais, nada menos, que na casa mal assombrada da cidade - Clichê? Com certeza! Esse é o roteiro básico de qualquer filme sobre bruxas da Sessão da Tarde. Com direito a uma gata preta, chamada Ísis.


Daí em diante entra as cenas dos poderes da bruxa: Para começar, ela conversa com um cachorro para que ele pare de perseguir e assustar crianças. Não, o cachorro não responde. A cena consiste na bruxa encarando o cachorro e depois ela se agacha e diz que sabe que ele é um cão bonzinho, mas que o dono é idiota e que é falta de educação assustar crianças e aí o cachorro vai embora. Nada demais – comparado a outros filmes.


As crianças então entram na casa, pois a menininha machucou o joelho e precisava de um curativo. Na cozinha, muitos potes de ervas, frutas bonitas e caixas da mudança. A gata sai de dentro do armário e derruba a vassoura de palha, o momento perfeito para as crianças darem um jeito de irem embora, assustadas, dizendo que a mulher é uma bruxa.

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Ela monta no centro da cidade uma pequena lojinha chamada Bell, Books and Candles – Sinos, Livros e Velas. Lá, ela vende suas essências, velas, sinos, livros, cristais, pingentes e etc. Artigos esotéricos. Decora o ambiente com máscaras que foi colecionando de suas viagens.


Daí vai indo as outras coisas: Ela começa a mudar a vida das pessoas. Ela convida um mendigo alcoólatra para trabalhar para ela, reformando sua casa – ele construía casas, era marceneiro etc. – em troca de casa e comida, e assim, ele para de beber. Ela ajuda a menininha a se livrar dos sonhos ruins com um Filtro dos Sonhos e ajuda um garoto a se livrar de um valentão, percebendo como aquele valentão tinha problemas sérios. Ajuda o garoto a perceber que o pai dele é legal e parar de tratá-lo mal. Ajuda uma mulher a reacender “o fogo” no casamento, simplesmente usando uma essência e acreditando na presença dela mesma. E mais uma série de coisas.
Claro que a moralista mal amada e antipática, líder da comunidade quer se livrar da simpática bruxinha. É um filme cheio de clichês...


Mas toda essa parte de loja esotérica, fazer as pessoas terem mais consciência de si mesmas e do mundo a sua volta me conquistou. Não é um filme de bruxas como os demais, justamente por isso.

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Aliás, a bruxa de que falamos é uma bela jovem que tem uns 25, 30 anos e que está a um passo de conquistar o delegado bonitão da cidade que perdeu sua esposa há pouco tempo. Nada de verrugas, nem narigão ou roupas pretas: Ela se veste como uma mulher normal, com blusinhas de tecidos leves, colares normais, usa jeans, enfim: É uma pessoa perfeitamente normal, como todas nós bruxas somos.


Óbvio que tem coisas de filmes – como os clichês e a cena do cachorro – mas isso é normal, pois é um filme. Mas como disse, ele não é como os demais.
Para mim, ele tem uma visão bem realística do que é a bruxa hoje dentro de uma sociedade e do que uma bruxa faz: entende e transforma o ambiente, as pessoas e a si mesma. Além de conhecer ervas e cozinhar.
Acho um bom filme para mostrar e ensinar as pessoas e crianças um pouco do que é a bruxa.


Fica o convite! Procurem, assistam e comentem, okay?
Beijos e até a próxima!

Das Práticas e do Tempo…

Confesso que quando lia a Luazul falando sobre as pessoas que deixam a bruxaria de lado com desculpites, do tipo falta de tempo ou espaço ou ainda dinheiro, concordava 100%. Hoje, só uns 80%.
Continuo concordando, claro. A maioria das pessoas age assim para não criar uma responsabilidade quanto aquilo ou porque não tem certeza do que querem.

Mas me vi tendo que tirar esses 20%. Quando o ambiente em que vivo passou a ser mais inóspito, quando eu vi que realmente não dava.
Tentei mais umas sei lá quantas vezes continuar com minhas práticas, não da forma como queria, mas bem próximo… Mas eu já sabia que não dava, e sofri um tanto até aceitar essa realidade. E só aceitei quando o tarot e os deuses esfregaram na minha cara: Hoje não dá.

Gostaria de fazer meus ritos sucegada, de acender velas e incensos, de poder escrever no meu BOS com a frequencia que minha alma sente ser necessária. Mas realmente não dá. E é isso.
Acho que só quem me conhece (ou conhece outro que passe por algo semelhante) ou quem já passou por isso poderia entender.

Eu lutei por isso por algum tempo, como eu disse. E só parei quando esfregaram na minha cara.
E aí parei. Mas nâo completamente.

Faço o que posso, o que ninguém percebe. Falo com Eles, pego recadinhos, medito pegando o trem. Agradeço, faço minhas preces, minhas oferendas de comida – mesmo que achem que estou jogando comida fora. Às vezes leio tarot de madrugada. É o que eu posso fazer no momento, e com paz.

Este texto não é uma forma de desabafo. É um convite.
Pra você que realmente passa por uma situação momentânea que te impede de fazer algo que gosta, mesmo que não se trate só de Magia – embora esse seja o tema-base aqui. Um convite para que você não se sinta tão mal consigo mesmo, como eu já me senti.

Para que você perceba que, se você realmente ama algo e não faz como gostaria, não é simplesmente por falta de responsabilidade ou porque você não gosta tanto quanto pensava.
Existem casos e casos. Se você é um dos casos que eu falo, esse texto é pra você.
Se não, faço minhas as palavras da Luazul.

Atenciosamente,
Sophia Austeros.

Da Luz e Da Escuridão

Aviso primeiramente que o blog Carpe Noctem chegou ao fim, os textos que iriam para lá, hoje viram para cá e eu prefiro assim. Até explicaria o que fez aquele blog acabar, mas seria algo muito extenso e até meio inútil... Então escrevo este artigo e a partir dele vocês podem tirar algumas ideias sobre isto.



A primeira ideia e consciência que desenvolvi nesse meu caminho mágicko, desde o início é sobre os opostos e sobre eles serem o lado de uma mesma moeda.
Bem, mal. Certo e errado. Luz e escuridão. Um precisa do outro para ser e no final “o tudo é uma coisa só”. É fácil parar um pouco e perceber que você não notaria o que é luz se não houvesse a escuridão ou o que é boa saúde se não houvesse doença. E é a partir daí que sai todo o princípio do ocultismo e nosso querido “Conhece-te a ti mesmo”.

Precisamos passar pela noite escura da alma para termos aquela bela manhã de sol. Precisamos da escuridão no nosso dia-a-dia para reconhecermos a luz, cair para se levantar e bláblá. E conhecer nossas sombras, nossos demônios para que eles não nos dominem.

As sombras não são simplesmente as nossas características negativas... São as coisas que negamos em nós mesmos. Medos, anseios, sensualidade, fofurice, agressividade... Coisas que deixamos embaixo do tapete para que sumam ou que fingimos não existir. Conhecer isso é o início para o auto-conhecimento. Isso pode acontecer de vários modos como através dos deuses e da religião, terapia, relacionamentos, sonhos, tarot, entre tantas outras coisas.

A maioria das pessoas deixa de lidar com o mais negro de sua essência e de seus deuses... Pelo menos no início costuma ser assim. E algumas outras preferem lidar justamente com isso, talvez por grande afinidade, talvez para “mostrar-se dark” por aí (varia um pouco).

Acho excelente trabalhar nosso lado negro e viver nossa essência em plenitude assim como viver esse lado dos deuses também, mas questiono se realmente há essa plenitude.
Talvez assim como muitas pessoas acham que “tudo é cor de rosa” tenham pessoas que acham que “tudo é sombrio, escuridão” e aquilo que tanto buscamos em nossa caminhada chamado Equilíbrio se perca mais e mais.
Não acredito que fazer de nossa caminhada mágicka um caminho exclusivamente de nossas sombras seja trilhar o caminho do equilíbrio ou do auto-conhecimento e digo isso porque vejo sempre pessoas achando que é assim.
E esse foi um dos motivos para que o Carpe Noctem acabasse – Não é porque não há luz sem escuridão que não precisa haver luz. Magia é equilíbrio e “Conhece-te a ti mesmo” é ser pleno.

Fico feliz por estas novas percepções, por mais essa aprendizagem.
E convido todos a serem plenos em si mesmos.
É assim que o Dragão fala.