A primeira ideia e consciência que desenvolvi nesse meu caminho mágicko, desde o início é sobre os opostos e sobre eles serem o lado de uma mesma moeda.
Bem, mal. Certo e errado. Luz e escuridão. Um precisa do outro para ser e no final “o tudo é uma coisa só”. É fácil parar um pouco e perceber que você não notaria o que é luz se não houvesse a escuridão ou o que é boa saúde se não houvesse doença. E é a partir daí que sai todo o princípio do ocultismo e nosso querido “Conhece-te a ti mesmo”.
Precisamos passar pela noite escura da alma para termos aquela bela manhã de sol. Precisamos da escuridão no nosso dia-a-dia para reconhecermos a luz, cair para se levantar e bláblá. E conhecer nossas sombras, nossos demônios para que eles não nos dominem.
As sombras não são simplesmente as nossas características negativas... São as coisas que negamos em nós mesmos. Medos, anseios, sensualidade, fofurice, agressividade... Coisas que deixamos embaixo do tapete para que sumam ou que fingimos não existir. Conhecer isso é o início para o auto-conhecimento. Isso pode acontecer de vários modos como através dos deuses e da religião, terapia, relacionamentos, sonhos, tarot, entre tantas outras coisas.
A maioria das pessoas deixa de lidar com o mais negro de sua essência e de seus deuses... Pelo menos no início costuma ser assim. E algumas outras preferem lidar justamente com isso, talvez por grande afinidade, talvez para “mostrar-se dark” por aí (varia um pouco).
Acho excelente trabalhar nosso lado negro e viver nossa essência em plenitude assim como viver esse lado dos deuses também, mas questiono se realmente há essa plenitude.
Talvez assim como muitas pessoas acham que “tudo é cor de rosa” tenham pessoas que acham que “tudo é sombrio, escuridão” e aquilo que tanto buscamos em nossa caminhada chamado Equilíbrio se perca mais e mais.
Não acredito que fazer de nossa caminhada mágicka um caminho exclusivamente de nossas sombras seja trilhar o caminho do equilíbrio ou do auto-conhecimento e digo isso porque vejo sempre pessoas achando que é assim.
E esse foi um dos motivos para que o Carpe Noctem acabasse – Não é porque não há luz sem escuridão que não precisa haver luz. Magia é equilíbrio e “Conhece-te a ti mesmo” é ser pleno.
Fico feliz por estas novas percepções, por mais essa aprendizagem.
E convido todos a serem plenos em si mesmos.
É assim que o Dragão fala.
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