Fadas e Abobrinhas

Paganismo, Bruxaria, Pensamentos, Percepções e Abobrinhas ao alcance de todos.

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A minha Temperança

Equilíbrio. Proporção. Ir aos poucos. Saber dosar. São significados comuns À Temperança, atribuídos facilmente. Mas nunca consigo deixar de pensar em outra coisa: Deixar a energia fluir, colocar uma energia em movimento, emoções fluindo. Penso nisso primeiro,  pra depois pensar no equilíbrio necessário.


Para mim é o principal significado: Aqueles dois jarros, ela despejando a água de um jarro para outro. Essa é o principal símbolo abordado na representação da carta. E é ali que tem o movimento.
Posto que é um líquido, associo a emoções. Posto que é movimento, movimento das mãos, associo à energia. Mas ainda que ela esteja colocando “a coisa” em movimento (mesmo que devagar, mas é movimento), antes de mais nada, ela contempla, mostrando que não é simplesmente fazer a coisa fluir, mas observar e tomar cuidado, ter a paciência, o “ir aos poucos” e o equilíbrio. Pois se não os jarros podem quebrar, o liquido se perder. A energia então se dispersa, assim como o sentimento. Tudo se perde.


Tirei A Temperança. E é isso que ela me passa no momento: Fazer (permitir, principalmente!) a coisa fluir, não deixando a energia se esvair ou as coisas quebrarem só porque eu não estava olhando. Mesmo porque, sou pisciana. Deixar de prestar atenção, se distrair com uma fada, é algo típico. Fazer devagar sim, mas fazer! E prestando atenção!

São as percepções que queria dividir. É o que temos para hoje.
Sophia.

Quem fala com você?

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"Somos tarólogas e tarólogos. Quer dizer, só tarólogas? Definitivamente, não! Em nosso mundo existem pessoas que são muito sintonizadas com o Universo que nos cerca e que conseguem, através de diversas ferramentas compreender o andar da Natureza e aprender mais sobre si. São os oráculos e, com eles, a voz do divino. Assim, agora, queremos saber: Quem fala com você?

Responder essa pergunta com “meu Tarot” ou “meu mentor” ou “os deuses” seria um tanto vago, acredito… Acho que a melhor resposta é o Universo.

Mas mais do que ser através do baralho de tarot ou de uma meditação ou de outras coisas do tipo, meu negócio é sinais.

Eu adoro simbolos, adoro significados e adoro a percepção das coisas de uma forma diferente… Ver aquela borboleta cruzando meu caminho, aquela aranha ali na parede, aquele pássaro voando no céu ou até mesmo a hora no relógio e aquilo me passar uma mensagem… Por vezes mais impactante e direta que um lâmina de tarô ou que a voz de um espírito ressoando na minha mente.

Explicar como isso ocorre é um desafio. Afinal, não são todas as borboletas que cruzam meu caminho que querem dizer algo, nem toda vez que eu olho no relógio… É aquele chamar a atenção, o fazer você olhar com outros olhos, olhos da alma.

Talvez a forma mais fácil de explicar isso seja passar algo que o mostre… Tal como o filme (LINDO) intitulado Sob o Sol da Toscana, que aliás, descobri que existia graças a Pietra… Ele mostra essa coisa dos sinais, mas não somente! É um filme lindo cheio de lições (para mim, de magia).

Então… Acredito na natureza. Acredito que ela fale comigo, que o vento sopre as respostas que preciso ouvir. Que através dela, os deuses falam… Os deuses, e tudo o mais.

E com você? Quem fala com você?

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Do que fomos e somos: A caminhada

Engraçado pensar em como mudamos nossos caminhos ao longo da vida. Como temos plena certeza de algo em um instante, e noutro ela parece desaparecer.


Relacionamentos de 7, 8, 10 anos acabam em alguns meses, mudamos caminhos, mudamos o que queremos ser, o que sentimos e somos. Mudamos nossas crenças, mudamos tudo. E toda essa mudança é natural. Entender que estamos num processo constante de transformação é uma parte muito importante da caminhada, faz também com que entendamos os outros. Que entendamos que o outro também muda e é isso, já disse o Osho.


O que eu não acho natural é uma pessoa ir passando de crença em crença, de passo a passo e a cada passo rejeita seu anterior. Fala que não serve mais, muitas vezes ofende. Diz-se agora num caminho superior aquele que estava antes. Isso para mim é pobreza de espírito e, para mim, quem faz isso pode passar por 1000 caminhos durante 1000 anos que nunca terá evoluído uma migalha.


Nós que estamos numa constante caminhada em busca de auto-conhecimento e evolução e também de compreensão deveríamos ser os primeiros a entender que nenhum caminho é superior a outro. Que passamos por muitas coisas, por muitos caminhos até uma escolha mas não é por isso que aquele outro seja menos. Também nós, pessoas supostamente evoluídas, deveríamos ter percebido logo de início que “Apenas sabemos que nada sabemos”.


Se me ponho a escrever isto, é porque conheço pessoas que o fazem. E acho ridículo. Me causa repulsa tudo isso. Pessoas que buscam um caminho e buscam evoluir para ser mais que os outros vão bater com o nariz na parede e ralar o joelho pro resto de suas essências imortais, até perceberem finalmente que ninguém é mais do que ninguém.


Convido vocês a lerem o post da MissElphie sobre A Discriminação no Mundo Pagão. Que, acaba seguindo um pouco essa linha de pensamento.


E as pessoas que usaram a carapuça, favor criem a consciência que vocês tanto (supostamente) buscam.

Das Práticas e do Tempo…

Confesso que quando lia a Luazul falando sobre as pessoas que deixam a bruxaria de lado com desculpites, do tipo falta de tempo ou espaço ou ainda dinheiro, concordava 100%. Hoje, só uns 80%.
Continuo concordando, claro. A maioria das pessoas age assim para não criar uma responsabilidade quanto aquilo ou porque não tem certeza do que querem.

Mas me vi tendo que tirar esses 20%. Quando o ambiente em que vivo passou a ser mais inóspito, quando eu vi que realmente não dava.
Tentei mais umas sei lá quantas vezes continuar com minhas práticas, não da forma como queria, mas bem próximo… Mas eu já sabia que não dava, e sofri um tanto até aceitar essa realidade. E só aceitei quando o tarot e os deuses esfregaram na minha cara: Hoje não dá.

Gostaria de fazer meus ritos sucegada, de acender velas e incensos, de poder escrever no meu BOS com a frequencia que minha alma sente ser necessária. Mas realmente não dá. E é isso.
Acho que só quem me conhece (ou conhece outro que passe por algo semelhante) ou quem já passou por isso poderia entender.

Eu lutei por isso por algum tempo, como eu disse. E só parei quando esfregaram na minha cara.
E aí parei. Mas nâo completamente.

Faço o que posso, o que ninguém percebe. Falo com Eles, pego recadinhos, medito pegando o trem. Agradeço, faço minhas preces, minhas oferendas de comida – mesmo que achem que estou jogando comida fora. Às vezes leio tarot de madrugada. É o que eu posso fazer no momento, e com paz.

Este texto não é uma forma de desabafo. É um convite.
Pra você que realmente passa por uma situação momentânea que te impede de fazer algo que gosta, mesmo que não se trate só de Magia – embora esse seja o tema-base aqui. Um convite para que você não se sinta tão mal consigo mesmo, como eu já me senti.

Para que você perceba que, se você realmente ama algo e não faz como gostaria, não é simplesmente por falta de responsabilidade ou porque você não gosta tanto quanto pensava.
Existem casos e casos. Se você é um dos casos que eu falo, esse texto é pra você.
Se não, faço minhas as palavras da Luazul.

Atenciosamente,
Sophia Austeros.

Da Luz e Da Escuridão

Aviso primeiramente que o blog Carpe Noctem chegou ao fim, os textos que iriam para lá, hoje viram para cá e eu prefiro assim. Até explicaria o que fez aquele blog acabar, mas seria algo muito extenso e até meio inútil... Então escrevo este artigo e a partir dele vocês podem tirar algumas ideias sobre isto.



A primeira ideia e consciência que desenvolvi nesse meu caminho mágicko, desde o início é sobre os opostos e sobre eles serem o lado de uma mesma moeda.
Bem, mal. Certo e errado. Luz e escuridão. Um precisa do outro para ser e no final “o tudo é uma coisa só”. É fácil parar um pouco e perceber que você não notaria o que é luz se não houvesse a escuridão ou o que é boa saúde se não houvesse doença. E é a partir daí que sai todo o princípio do ocultismo e nosso querido “Conhece-te a ti mesmo”.

Precisamos passar pela noite escura da alma para termos aquela bela manhã de sol. Precisamos da escuridão no nosso dia-a-dia para reconhecermos a luz, cair para se levantar e bláblá. E conhecer nossas sombras, nossos demônios para que eles não nos dominem.

As sombras não são simplesmente as nossas características negativas... São as coisas que negamos em nós mesmos. Medos, anseios, sensualidade, fofurice, agressividade... Coisas que deixamos embaixo do tapete para que sumam ou que fingimos não existir. Conhecer isso é o início para o auto-conhecimento. Isso pode acontecer de vários modos como através dos deuses e da religião, terapia, relacionamentos, sonhos, tarot, entre tantas outras coisas.

A maioria das pessoas deixa de lidar com o mais negro de sua essência e de seus deuses... Pelo menos no início costuma ser assim. E algumas outras preferem lidar justamente com isso, talvez por grande afinidade, talvez para “mostrar-se dark” por aí (varia um pouco).

Acho excelente trabalhar nosso lado negro e viver nossa essência em plenitude assim como viver esse lado dos deuses também, mas questiono se realmente há essa plenitude.
Talvez assim como muitas pessoas acham que “tudo é cor de rosa” tenham pessoas que acham que “tudo é sombrio, escuridão” e aquilo que tanto buscamos em nossa caminhada chamado Equilíbrio se perca mais e mais.
Não acredito que fazer de nossa caminhada mágicka um caminho exclusivamente de nossas sombras seja trilhar o caminho do equilíbrio ou do auto-conhecimento e digo isso porque vejo sempre pessoas achando que é assim.
E esse foi um dos motivos para que o Carpe Noctem acabasse – Não é porque não há luz sem escuridão que não precisa haver luz. Magia é equilíbrio e “Conhece-te a ti mesmo” é ser pleno.

Fico feliz por estas novas percepções, por mais essa aprendizagem.
E convido todos a serem plenos em si mesmos.
É assim que o Dragão fala.