No dia 28 de julho, hoje, passou um daqueles filminhos de bruxa na sessão da tarde que eu confesso: achei bem legal. Infelizmente, como todos os filmes de sessão da tarde, este também tinha um nome tosco e infeliz: “A Bruxa do Bem”, e pior, do original “The Good Witch”.
Mas a história do filme e a tal bruxa eram bem legais. Nada muito forçado como transformações em animais, chapéus pontudos etc. A bruxa em questão é uma mulher que viaja muito e que conhece muitas coisas.
A mulher chamada Cassandra, se muda para uma pacata cidadezinha que tem uma boa dose de moralismo e vai morar, nada mais, nada menos, que na casa mal assombrada da cidade - Clichê? Com certeza! Esse é o roteiro básico de qualquer filme sobre bruxas da Sessão da Tarde. Com direito a uma gata preta, chamada Ísis.
Daí em diante entra as cenas dos poderes da bruxa: Para começar, ela conversa com um cachorro para que ele pare de perseguir e assustar crianças. Não, o cachorro não responde. A cena consiste na bruxa encarando o cachorro e depois ela se agacha e diz que sabe que ele é um cão bonzinho, mas que o dono é idiota e que é falta de educação assustar crianças e aí o cachorro vai embora. Nada demais – comparado a outros filmes.
As crianças então entram na casa, pois a menininha machucou o joelho e precisava de um curativo. Na cozinha, muitos potes de ervas, frutas bonitas e caixas da mudança. A gata sai de dentro do armário e derruba a vassoura de palha, o momento perfeito para as crianças darem um jeito de irem embora, assustadas, dizendo que a mulher é uma bruxa.
Ela monta no centro da cidade uma pequena lojinha chamada Bell, Books and Candles – Sinos, Livros e Velas. Lá, ela vende suas essências, velas, sinos, livros, cristais, pingentes e etc. Artigos esotéricos. Decora o ambiente com máscaras que foi colecionando de suas viagens.
Daí vai indo as outras coisas: Ela começa a mudar a vida das pessoas. Ela convida um mendigo alcoólatra para trabalhar para ela, reformando sua casa – ele construía casas, era marceneiro etc. – em troca de casa e comida, e assim, ele para de beber. Ela ajuda a menininha a se livrar dos sonhos ruins com um Filtro dos Sonhos e ajuda um garoto a se livrar de um valentão, percebendo como aquele valentão tinha problemas sérios. Ajuda o garoto a perceber que o pai dele é legal e parar de tratá-lo mal. Ajuda uma mulher a reacender “o fogo” no casamento, simplesmente usando uma essência e acreditando na presença dela mesma. E mais uma série de coisas.
Claro que a moralista mal amada e antipática, líder da comunidade quer se livrar da simpática bruxinha. É um filme cheio de clichês...
Mas toda essa parte de loja esotérica, fazer as pessoas terem mais consciência de si mesmas e do mundo a sua volta me conquistou. Não é um filme de bruxas como os demais, justamente por isso.
Aliás, a bruxa de que falamos é uma bela jovem que tem uns 25, 30 anos e que está a um passo de conquistar o delegado bonitão da cidade que perdeu sua esposa há pouco tempo. Nada de verrugas, nem narigão ou roupas pretas: Ela se veste como uma mulher normal, com blusinhas de tecidos leves, colares normais, usa jeans, enfim: É uma pessoa perfeitamente normal, como todas nós bruxas somos.
Óbvio que tem coisas de filmes – como os clichês e a cena do cachorro – mas isso é normal, pois é um filme. Mas como disse, ele não é como os demais.
Para mim, ele tem uma visão bem realística do que é a bruxa hoje dentro de uma sociedade e do que uma bruxa faz: entende e transforma o ambiente, as pessoas e a si mesma. Além de conhecer ervas e cozinhar.
Acho um bom filme para mostrar e ensinar as pessoas e crianças um pouco do que é a bruxa.
Fica o convite! Procurem, assistam e comentem, okay?
Beijos e até a próxima!